terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Reunião do Grupo Propostas em Alfabetização nos TEA


Ontem foi realizada uma reunião 
com mães de crianças dentro do espectro Autismo,
sob a coordenação de Sandra Santos Tadini.

E com a permissão dos participantes,
vou estar compartilhando a Ata 
feita pela Loren de Oliveira
contendo as principais observações
realizadas na Reunião.



REUNIÃO WEBEX - 15/12/2014 - PROPOSTAS PARA ALFABETIZAÇÃO TEA


  • É preciso reconhecer que cada indivíduo tem um encontro único de potencialidades e dificuldades, portanto não há fórmula pronta para alfabetização de crianças, ainda mais as que estão no espectro autista. É preciso observação constante das motivações e aptidões da criança para a elaboração de um material adequado para ela.


  • Observar as formas de aprendizado que a criança se destaca:
    • Visual
    • Cinético (movimentos)
    • Auditivo
    • Tátil


  • Métodos lembrados na reunião: fônico (boquinhas); global de frases, palavras, silábico. Sobre o método integral: as classes de palavras (verbos, substantivos, etc.) são destacadas por cor e a criança faz uma leitura dinâmica do texto. O foco é a palavra e não sílabas/letras isoladas na leitura.

  • Exemplo de alfabetização dentro do método responsivo: identificar e utilizar as motivações da criança para elaborar as atividades de alfabetização. Utilização de recursos visuais como fotos ou pictogramas (depende da abstração de que a criança é capaz). Houve o exemplo de uma criança cuja motivação era balançar na rede, então foi oferecida uma foto com o verbo balançar. Pode se colocar objetovs preferidos da criança em uma estante alta e deixa à mão dela fotos com nome de cada objeto para solicitação. 

  • Exemplos de conteúdos para abordar no início: partes do corpo, números de 1 a 5, nome das brincadeiras, objetos do cotidiano, alimentos preferidos da criança,  nome da criança, cores.

  • Utilizar recursos visuais, seqüências. Acredito que a forma de ensino estruturado do TEACCH pode colaborar neste ponto. Olhando os posts do grupo encontrei este da Renata sobre o TEACCH e Alfabetização: “Sobre TEACCH e Alfabetização, perguntei à Maria Elisa G. Fonseca do CEDAP, uma das poucas especialistas e formadoras em TEACCH no Brasil. Transcrevo a resposta dela: "Não, não existe método TEACCH de alfabetização. O que existe é a estrutura organizada dentro do modelo apropriado a cada criança. Pode ser silábico, pode ser fônico, pode ser global, sensorial, Das boquinhas, enfim, TEACCH em si não alfabetiza pois não é um "método de alfabetização". São os meios de alfabetização que usam os recursos TEACCH para alfabetizar: sinalizações, estrutura, visuais, rotinas, imagens, etc.”

  • Atividades para a fase de pré-alfabetização (inspiradas em Montessori):
    • Fazer letras na caixa sensorial (copiar o modelo da letra na areia, brincar com fonemas dentro da caixa – ex: feijão para o fonema F)
    • Montar letras com colagem de materiais: arroz, papel, algodão, folhas, etc.
    • Enrolar massinha e formar letras
    • Atividades que envolvam associação do som com o objeto
  • LIBRAS: alfabetização em LIBRAS como 2a língua, não como língua materna. Utilização dos sinais de LIBRAS (gestos que valem por uma ação, expressão inteira) e não do soletrar. Aqui esta língua é utilizada como ferramenta de comunicação, similiar ao PECS.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

E viva a Itália: Montando pizza com esponja, tinta e EVA


A atividade de hoje foi montar pizzas
feitas com esponja, tinta e EVA.
Essa atividade tanto possibilita
trabalhar a coordenação motora fina,
atividades de vida diária,
bem como o conhecimento sobre o mundo..

Então, vamos lá...


PREPARAÇÃO DOS MATERIAIS:

MASSA:
A massa foi feita com esponja.
Fiz uma mistura com tinta,
água e cola - 
- mais ou menos a mesma proporção.
Mergulhei a esponja nessa mistura,
coloquei sobre uma bandeja e
deixei secar...
Deve-se preparada com pelo menos 
24-48 hr de antecedência.


MOLHO:
O molho deve ser preparado
minutos antes de brincar
e é feito com uma mistura
de tinta guache vermelha
e a mesma proporção de cola.


QUEIJO:
O queijo foi feito com EVA picado.


MONTAGEM:

Massa; molho e queijo.

Mas se preferir pode estar invertendo as ordens:
Massa, queijo e molho


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

1 - Tem crianças que não comem esse tipo de alimento.
Então deve-se atentar se a criança
aceita participar de uma atividade assim...

2 - É importante sempre salientar para criança que é um
material para brincar
e não pode colocar na boca...


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Pintura em Relevo



Essa tinta foi obtida a partir da mistura de:
1 colher de sobremesa, aproximadamente, de talco em creme,
4 gotinhas de corante alimentício.

E a proposta foi convidar o João Vitor
a fazer um desenho livre,

Ele desenhou um coração
e depois complementou o desenho
com outros elementos.

Quando secou,
ficou uma pintura em relevo.
Muito legal!!!

Com essa mesma tinta,
fiz para o João Vitor
um alfabeto com textura.
Para saber mais,
clique no título abaixo

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Trabalhando o fonema "C" em caixas sensoriais


Montei essa caixa,
contendo vários objetos com a letra "C".

Para tanto foram usados:
- coco tingido com corante verde, para servir de grama;
- camarões;
- coelho;
- castor;
 - cachorro;
- cobra;
- cabra;
- cabrito;
- cavalo;
 -camelo.

O interessante é reunir objetos com o mesmo fonema.
Nessa atividade não acrescentei os elementos que começam 
com "C", cujo fonema soam como "s",
como cebola, cenoura,
para não confundir...

E a dinâmica - como sempre - está em brincar,
em manusear e explorar os materiais;
em criar situações
para que haja a construção de linguagem.

Com essa mesma técnica,
já trabalhamos a LETRA "B"
e também a LETRA "A"
Se desejar conferir, 
clique nos subtítulos acima para conferir.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Ensinando a escrever com passo a passo por meio das cores


O que deu muito certo com meu filho
é escrever as letras com passo a passo,
utilizando as cores,
para definir a ordem da escrita,
como um suporte visual...

Para tanto escrevi usando três cores de caneta hidrocor,
e ao lado, coloquei uma espécie de legenda,
informando a ordem que deve ser seguida para a escrita.

Dessa forma, ele sabe
que o primeiro traço do nome 
foi escrito com caneta vermelha;
logo depois com caneta azul
e em seguida da cor verde, com caneta verde.

Com esse material, a criança tanto porde
escrever acompanhando com o dedo,
como também é possível colocar o papel escrito
em baixo de um recipiente transparente com água 
para a criança escrever.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Dicas para professores que trabalham com autistas

Texto extraído na íntegra do site PROFESSORA BEL



DICAS PARA PROFESSORES QUE TRABALHAM COM AUTISTAS

Miguel Higuera Cancino especialista em autismo há 30 anos, publicou seu livro: Mi hijo no habla. Relatando as experiências com seu filho autista, hoje com 10 anos. Miguel é fonoaudiólogo com largo conhecimento sobre o espectro autista. Ele nos deixa 13 valiosas dicas aos professores que atuam com crianças autistas. 

1 - Pedir às famílias um relatório dos interesses, preferências e coisas que causam desagrado a cada criança.

2 - Utilizar preferências e materiais de agrado para a criança na aula o no pátio para estabelecer um vínculo com a escola e as pessoas do ambiente escolar.


3 - Trabalhar por períodos curtos, de cinco a dez minutos, em atividades de complexidade crescente, incorporando gradativamente mais materiais, pessoas ou objetivos.

4 – Falar pouco, somente as palavras mais importantes (geralmente um autista não processa muita linguagem cada vez).

5 – Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a compreensão (os autistas são mais visuais que verbais).

6 – Desenvolver rotinas que a criança possa predizer ou antecipar (pela repetição e com o apoio de imagens que mostram o que vai ser feito no dia).

7 – Estimular a participação em tarefas de arrumar a sala, ajudar a entregar materiais às outras crianças, etc.

8 – Entregar objetos no canal visual. O adulto deve ter o objeto na mão diante dos olhos para que a criança possa pegar o objeto tendo o rosto do adulto dentro do seu campo de visão.

9 – Respeitar a necessidade de estar um momento sozinho, de caminhar ou dar saltos ou simplesmente perambular para se acalmar (pode ser utilizado como prêmio após uma atividade).

10 – Tentar conhecer as capacidades de cada criança para utilizá-las como entrada para as atividades de ensino (pintar, recortar, etc.).

11 – Evitem falar muito, muito alto e toda situação que envolva muito estímulo (pode ser até nocivo para a criança).
12 – Pergunte sempre como foi a tarde ou o dia anterior, a qualidade do sono ou se houver alguma alteração da rotina para se antecipar a estados emocionais de ansiedade. Em caso de ansiedade, procure utilizar elementos de interesse e preferência da criança, com menor exigência para não ter birras ou maior ansiedade.

13 – Em casos de birra, é importante ter algum conhecimento de técnicas de modificação de conduta (time out, desvio de atenção, etc.), mas a primeira dica é não se apavorar, tentar oferecer outros objetos e, no caso de não conseguir acalmar a criança, explicar à turma o que está acontecendo e desenvolver atividade com o grupo em outro lugar e dar a possibilidade da criança com TEA de se acalmar. 


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sábado, 6 de dezembro de 2014

Letras com texturas feitas com talco em creme e corante


Acabei de montar mais esse material para o João Vitor...

Para a tinta com textura
usei aproximadamente 
1 colher de sobremesa de talco de bebê em creme;
4 gotinhas de corante.
Misturei bem e usei na escrita.

Optei por fazer três cores diferentes,
para traçar uma espécie de passo a passo,
um suporte visual.

A legenda está acima: 
primeiro vermelho;
depois azul
e por último verde.

Enquanto o João Vitor
fazia o desenho da letra com o dedo
no próprio material,
nós íamos recitando a cor que deveria ser seguida...


Trabalhando fonemas em caixas sensoriais - letra "B"


Essa é uma forma que encontrei de reunir
vários objetos e brinquedos
cujas palavras começam com a "B".
E o João Vitor tem gostado bastante
dessa dinâmica, 
 - dicas e ideias no
e, desse modo, aprende brincando,
explorando texturas,
criando situações.

Então vamos lá...
Materiais que utilizei nessa caixa:

Bacia
Brita;
Brontossauros;
Bola;
Baleia;
Bisão;
Bolachinhas feitas de bicuit.

Nota: coloquei um burro,
mas ele tirou e disse que aquele animais 
era um cavalo... 
rsrsrsrsrsr

Nessas atividades,
nomeamos cada item da caixa
e eu inicio a brincadeira...
Dessa vez, jogamos uma partida
de futebol com os Brontossauros
e depois disso o João Vitor criou as brincadeiras,
envolvendo outros personagens a brincadeira...



Seguem algumas sugestões em que também trabalhamos o fonema "B":


Trabalhando com a letrinha B

Classificando objetos com a letrinha "A" e a letrinha "B"

Pareando letrinha na calota do carro

Relacionar quebra-cabeça no trem com a letrinha B

Localizando partes do corpo com a letrinha "B"

"B" de baleia: brincando com letrinhas moveis

“B”de bandeira

"B" de barcos: modelando com argila

“B”de batata: carimbando com batatas


“B”de bermuda, "B" de blusa


“B”de bola: colando bolinhas de papel na letra "B"


"B" de bolacha: montando potinho com bolachinhas de biscuit

"B" de bolo: brincando de Mestre Cuca

"B" de bolo: trabalhando com retângulos

“B”de borboleta: carimbando a mão

"B" de borboleta: montagem na letrinha B

"B" de botões: classificando por cores

“B”de Brasil

“B”de brontossauros

E viva a Itália!!!! Montando a massa para mamãe...


Essa atividade foi muito muito especial por dois motivos:
1 - não é qualquer tipo de comida
que o João Vitor consome,
mas mesmo assim é uma brincadeira
que ele aceita participar...
2 - A proposta dessa atividade
é trabalhar a coordenação motora fina,
mediante um atividade da vida vida diária
que é a montagem do prato.

Então coloquei o macarrão no prato,
e pedi para meu Chef de Cozinha preferido,
montar o prato.
Ele colocou o molho
e por cima o queijo ralado.
Ainda acrescentou os talheres e 
me convidou para eu sentar
e saborear a massa...
E para fechar com chave de ouro,
ainda disse apontando para o prato servido: "Itália"...

Coração da mamãe batia de tanta felicidade!!! 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Assoprando a bola: atividade fonoarticulatória

Essa atividade foi proposta pela fono do João Vitor 
para trabalhar os órgãos fono articulatórios..
Atividade testada e super-aprovada!!!!


O João Vitor deveria soprar
conduzindo a bola até o gol...

Para essa atividade.
foram usadas uma trave,
uma bandeja - não temos o campo de futebol,
e uma bola.

Usamos uma bola feita com papel amassado de folha seda,
- aquelas folhas usadas para fazer pipa -
e uma outra bola de isopor.


Essa atividade foi maravilhosa!!!!
Muito divertida!!!

contém outras atividades que podem ser feitas em casa.


Três formas de Brincar com o Jogo Mistura Bicho

Esse é um dos materiais da ARTE DA MANTIQUEIRA
Ele é todo em  madeira,
super resistente
e contém a palavra escrita 
do bichinho no material,
auxiliando sobretudo na alfabetização de nossas crianças..

É um material muito bom,
o preço dele é bem acessível
e você pode adquiri-lo
acessando o face da Arte da Mantiqueira,
enviando uma mensagem.

Super recomendo!

Mas se desejares confeccionar um material semelhante,
(clique no subtítulo para redirecionar a página),
contém vários materiais para impressão

Vamos, pois as atividades:

1 - Encontrando seus pares:


A proposta dessa atividade é bem simples:
encontrar as metades que se completam
para montar tanto o nome do animal
quanto o próprio bichinho...

E aqui vai uma dica:
Como o João Vitor gosta de brincar com 
atividades mais ou menos organizadas,
enfileiramos os bichinhos
e ele teve de observar e parear,
montando o animal
corretamente. 


2 - Jogo da memória



Essa foi uma segunda forma de brincar que realizamos:
viramos todas as peças,
e ele teve de
encontrar as partes,
como num Jogo de Memória tradicional,
A diferença é que ele não tem de encontrar
os semelhantes
e sim as partes que se complementam
para formar o animal...

Uma ideia super divertida
que rendeu boas risadas...


3 - Mistura bichos



Bom... vou falar a verdade...
quem adaptou essa atividade 
foi o próprio João Vitor.. rsrsrrs
Eu não entendi,
até que a Nívea me esclareceu.

Uma outra forma de brincar com esse material é
encaixar animais diferentes,
o que vai criar um novo animal totalmente estranho...

Na foto acima,
o João Vitor pareou
a metade de um elefante,
e a outra metade de uma tartaruga.
Como esse material tem escrito a palavra,
é possível juntá-las para nomear o novo animal.

Dessa forma, o João Vitor criou o ELERUGA,
metade elefante, metade tartaruga!
:D

Bem espero que tenham gostado das ideias!!!

Atividade fonoarticulatória: sopro


Essa é uma atividade foi uma ideia da fono do meu filho,
mas que requer extremo cuidado...
MUITO CUIDADO NA SELEÇÃO DO MATERIAL.
Deve-se escolher elementos que sejam bem maiores
do que o orifício do canudo.
Então, não é qualquer grão que pode ser escolhido...
Eu escolhi a pipoca pelo tamanho e por ser leve.


Como foi a dinâmica?
eu inspirei o ar pela boca,
com isso prendi uma pipoca
no canudo
e mostrei  para o João Vitor que podemos 
levantá-la sem pegá-la nas mãos
E na oportunidade,
 transferi a pipoca da tampa azul para a verde
e para soltar a pipoca do canudo,
soltava o ar pela boca.

E ele ficou tão encantado por essa mágica
que pediu para tentar...

Confesso que ele não conseguiu realizar a atividade,
mas fiquei muito muito feliz por ve-lo tentar....







Montando o Luppy - cachorrinho de quebra-cabeça


Esse é um material do ARTE DA MANTIQUEIRA,
que o João Vitor ganhou da Nívea.
Ele gostou tanto do brinquedos
 que  carinhosamente chamou de Luppy,
uma homenagem ao nosso cachorrinho...

É um material todo de madeira,
muito lindo,
que trabalha a percepção visual
como também o 
raciocínio lógico,
bem como a relação de olho-objeto.

A Arte da Mantiqueira
é uma empresa que comercializa 
materiais pedagógicos
em  madeira
e os preços são muito muito acessíveis..

Estes são os materiais oferecidos por eles:




Vale muito a pena entrar em contato com a Nívea
e solicitar um orçamento,
entrando em contato com ela
ou pelo e-mail niveaheringeh@outlook.com. 


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Trabalhando a linguagem em caixas sensoriais - Fonema "A"



Quem acompanha o blog, deve perceber o quanto 
gosto de trabalhar com caixas sensoriais.
forneço algumas dicas
e sugestões de atividades.

E uma das razões de trabalhar com esse material
é que ele tanto trabalho com coordenação motora,
mediante a relação entre olho-objeto,
a questão sensorial
e principalmente, a construção da linguagem...

E Hoje montei essa caixa sensorial para o João Vitor,
composta por objetos que começam com a aletra "A".
E nessa oportunidade, reunimos:

Arara, 
Abelha, 
Aranha,
Arminhos
Árvore, 
Avião
Algodão,
Água,
Areia colorida

Uma observação importante:
Sempre que possível, eu monto a caixa sensorial
e deixo num local acessível e visível aos olhos
durante um período de tempo.
Dessa forma o João Vitor pode manusear os objetos,
explorar uma situação ou criar uma história
e se desejar,
pode voltar a brincar
depois de algum tempo.

Outra dica:
sempre apresente o material a criança:
Nomeie os objetos;
Se a criança sentir dificuldade em criar,
crie você a situação.
Formule diálogos,
promova situações...
POr exemplo, nessa brincadeira, inventei 
que a abelha ía pegar um avião para visitar os arminhos...
E a partir daí a brincadeira se desenrolou...
Ele simulou que a aranha subiu na árvore,
o arminho nadou na água
e assim por diante...


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Atividades Psicomotoras e Fonoarticulatórias - Via Dando asas a Educação

Material extraído na íntegra do site:


SUGESTÕES DE ATIVIDADES PSICOMOTORAS 1

As atividades psicomotoras sugeridas encontram-se agrupadas por áreas e compõem um repertório a ser utilizado pelo educador ao longo dos períodos letivos da pré-escola. Recomenda-se que o educador experimente pessoalmente cada uma das atividades sugeridas antes de colocá-las como proposta para as crianças. Essa vivência prévia enriquecerá muito a atuação do educador.
Se os educadores de uma escola puderem realizar em grupo a vivência das atividades, o resultado com certeza será ainda melhor, pois surgirão novos exercícios a partir da experiência de vida dos participantes.

Atividades na área de Comunicação e Expressão



Exercícios Fonoarticulatórios:

• Fazer caretas que expressem tristeza, alegria, raiva, susto, etc.
• Jogar beijos.
• Fazer bochechos, com e sem água.
• Assoprar apitos e língua de sogra.
• Fazer bolhas de sabão.

Exercícios respiratórios:

• Inspirar pelo nariz e expirar pela boca.
• Inspirar e expirar pelo nariz.
• Inspirar e expirar pela boca.
• Inspirar, prender o ar por alguns momento, expirar.
• Aprender a assoar o nariz, usando um lenço e tapando ora uma narina, ora outra.

Exercícios de expressão verbal e gestual:
• Contar o que vê em fotos ou gravuras, começar com gravuras que contenham poucos elementos.
• Contar a história de seus próprios desenhos.
• Brincar de "o que é o que é"? Uma criança diz : "É redonda, serve para jogar e para chutar". A resposta é: "Uma bola".
• Imitar ondas do mar, mesa, animais, etc., somente com gestos.
• Imitar algo, somente com gestos, para os colegas advinharem o que é, se for preciso, usar sons.


Atividades na Área da Percepção



Exercícios de Percepção Tátil:

• Apalpar sacos e pacotes com as mãos, a fim de adivinhar que objetos estão dentro.
• Reconhecer colegas pelo tato.
• Andar descalço em lama, água, areia, terra, madeira, contando depois o que sentiu.
• Manipular objetos de madeira para poder experimentar variações de temperatura (quente, gelado, morno).
• Manipular objetos de madeira para poder experimentar variações de tamanho (pequeno, médio, grande).

Exercícios de Percepção Gustativa:

• Experimentar coisas que têm e que não tem gosto.
• Provar alimentos em diferentes temperaturas.
• Provar alimentos fritos, assados, cozidos, crus.
• Provar alimentos sólidos, líquidos, crocantes, macios, duros.
• Provar e comparar alimentos da mesma cor, mas sabores bem diferente: sal, açúcar, farinha de trigo comum, farinha de mandioca crua.

Exercícios de Percepção Olfativa:

• Experimentar coisas que têm e que não têm cheiro.
• Experimentar odores fortes e fracos, agradáveis e desagradáveis em materiais como: vinagre, álcool, café, perfumes.

Exercícios de Percepção Auditiva:
• Identificar e imitar sons e ruídos produzidos por animais e fenômenos da natureza.
• Procurar a fonte de onde se origina determinado som.
• Brincar de cobra cega.
• Tocar instrumentos musicais.
• Fazer rimas com palavras.

Exercícios de Percepção Visual:
• Identificar o branco e o preto.
• Reconhecer, entre muitos, objetos que têm as cores primárias - vermelho, azul e amarelo.
• Agrupar objetos de acordo com suas cores.
• Agrupar objetos de acordo com suas formas.
• Montar quebra-cabeças simples

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Pintando o Sete.. ou melhor o número 8...


Eu resolvi compartilhar essa experiência com vocês
para demonstrar que cada criança tem seu tempo de aprender,
e no seu tempo, suas habilidades,
sejam elas de ordem cognitiva ou psicomotora,
vão aflorar...

O João Vitor desde cedo demonstrou certas dificuldades
de coordenação motora fina,
como o uso de tesoura,
a escrita usando lápis ou caneta,
que de certa forma me preocupava...
E isso me deixava aflita por uma questão muito simples:
são atividades da vida diária
e que, em algum momento,
ele vai se deparar...

E ontem aconteceu algo me deixou muito feliz...
Uma porque foi o PRIMEIRO PROJETO
que ele fez sozinho:
planejou e executou,
sem minha interferência...
E segundo porque ele demonstrou 
uma habilidade que eu não imaginava
que ele desenvolveu...

Mas vamos aos fatos:

Ontem, ele chegou para mim e pediu"naranja".
Como ele apontou para o armário em que guardo as tintas guaches,
deduzi que ele estava pedindo a tinta de cor laranja.
Peguei e entreguei-o a tinta e um pincel.

Ele então me pediu "papel"
e entreguei-o um papel amarelo - cor preferida dele.
E ele desenhou um número oito
no papel.
Até aqui tudo bem,
afinal ele está aprendendo a escrever
e para mim não era novidade alguma...


Foi quando ele me pediu tesoura, o que me deixou surpresa,
porque até pouco tempo atrás,
ele não queri nem saber que isso existia... rsrsrs
Ele até aceitava participar das atividades com tesoura,
(veja o post Mosaico de papel)
mas nunca demonstrou interesse -
- na minha concepção - 
em querer cortar nada...
E para trabalhar essa dificuldade,
cheguei a comprar uma tesoura ergonomica
(veja o post Tesoura Ergonomica)

Mas como ele pediu,
eu entreguei-lhe uma tesoura escolar
e ele recortou, pacientemente
ao redor do número,
p que me deixou imensamente feliz,
por ve-lo transpondo mais uma dificuldade.

Até aí eu já estava de queixo caído...
E ele então me pediu "cola"...
Mais uma vez o coração disparou
eu pensando comigo:
onde ele vai querer colar o papel...
Ele passou cola 
procurou sua motinho,
colou no assento e disse: "pontinho" (protinho)
Aí foi que entendi
que ele queria era fazer uma placa
para o motinho dele...


Muitas vezes, tem pais que me procuram dizendo:
"meu filho não sabe,
meu filho não faz"
E as vezes é questão de tempo para 
que aquela habilidade seja 
demonstrada...
A gente sofre por antecipação,
a gente sofre por comparar crianças,
sejam elas autistas ou não...

Preocupar-se com seus filhos
é ofício dos pais...
Mas não permita que essa preocupação
seja a neblina que encobre 
a tua percepção do potencial
do teu filho... 

Falo isso por experiência própria:
Crie sim oportunidades
para que ele se desenvolva,
mas não se cobre se essa habilidade
ainda não aflorou
e nem o compare com outros..
Ele tem seu tempo para se desenvolver...