sábado, 15 de novembro de 2014

Escrevendo por meio de letras com texturas e em caixas sensoriais


Nesse Post gostaria de compartilhar um pouco da minha experiência
com meu filho sobre a escrita e qual foi 
a principal abordagem...

Como qualquer criança autista,
o interesse pelas letras veio cedo,
por volta dos dois anos de idade...
Aliás, na semana que ele completou dois anos,
ele, para a surpresa da família,
já identificava as vogais (a,e,i,o,u)...
Com menos de três,
já identificava as letras do alfabeto..

E esse interesse começou por esses materiais
de encaixe - eu trabalhava na época com crianças na Igreja
e tinha esses materiais para servir como molde...
até que ele "descobriu"
e passou a manuseá-lo...

Então, com o passar dos anos,
eu percebia que ele conhecia as letras,
mas não tinha interesse em escreve-las,
até porque ele tinha dificuldades na pega do lápis...
E eu queria saber o que ele já sabia
para partir disso:
do que ele sabe...

Até que fui orientada em apresenta-lo
uma caixa sensorial,
na qual ele pudesse escrever
e desenvolver a escrita...
Foi o que fiz...

Tratei, pois de selecionar um material que ele gostasse,
e por isso optei pelo Sal
(veja mais no post Escrevendo em Caixas Sensoriais)

E nessa atividade,
percebi claramente as dificuldades dele,
com a escrita de algumas letras...
Foi quando confeccionei esse alfabeto com textura...


E o melhor que ele é auto-explicativo:
os quadradinhos em cima da letra é uma legenda, 
um recurso visual de qual traço vem primeiro...
E depois optamos pelo amido
apresentando Letras com Textura,
para ele reproduzir...



Também apresentei a escrita na loção
(veja o post Escrevendo na loção) -
- o João Vitor não se identificou muito com essa textura não...
Até brincou, mas dava para ver no semblante dele que ele não aprovou...

Também escrevemos na areia da praia
(Esse infelizmente não tenho fotos...
(diga-se de passagem, foi uma das atividade
envolvendo a escrita que ele mais gostou!)


Uma das atividades que super recomendo é 
a escrita na água
(veja mais no link Escrevendo na água)
Tudo porque as crianças com necessidades especiais
gostam de água
e esse pode ser um meio bastante eficiente
no ensino da escrita...

E a partir daí,
tivemos mais uma vitória:
João Vitor escreveu pela primeira vez,
usando uma caneta permanente mais grossa,
no dia 03 de Fevereiro desse ano


Enfim... é usar os meios disponíveis
para proporcionar uma aprendizagem gostosa...
Sei que cada criança com necessidades especiais é única
e responde diferente ao meio que a cerca...
Mas há recursos que podemos tentar usar
os quais para a nossa surpresa 
darão muito certo...

O João Vitor desde pequeno
apresentava sérios problemas sensoriais táteis,
a ponto de mexer na areia com a pontinha do dedo
e logo querer limpa-se...
Por meios dessas atividades,
estamos trabalhando essas dificuldades
e muitas delas em manusear diferentes texturas
vem sendo superadas...

Fica a dica!
:)

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