Texto retirado na íntegra da página do face Diário de um Príncipe
BRINCANDO COM A CRIANÇA AUTISTA
A criança autista também brinca, mas, para isso o mediador passa a ter uma função muito importante para que esse processo lúdico aconteça. Você precisa entender que a criança autista apresenta algumas defasagens em seu desenvolvimento, tais como:
Não se relaciona com outras crianças, resiste a mudanças de rotina, manifesta risos e movimentos não apropriados, é resistente ao toque, faz pouco contato visual, apresenta quadro de irritabilidade quando é contrariada, não interage no grupo social, tende a isolar-se no ambiente educacional e familiar, apresenta apatia frente aos estímulos, tem preferências por objetos circulares, apresenta atraso na linguagem ou ecolalia e a simbolização fica severamente prejudicada.
Quando pensamos nesses sintomas devemos refletir sobre como podemos integrar-se ao mundo desta criança, fazer parte, olhar para ela e buscar contato para que ela te perceba e permita você interagir e brincar.
Pelas vivencias que eu estou tendo em meus atendimentos clínicos, percebo o quanto é importante você respeitar o tempo desse aprendiz e conhecer as suas angústias e limitações sensoriais, por meio de um olhar, do toque, de um sorriso e de um ambiente acolhedor e estimulante, pode sim levar essa criança te olhar e da indícios que a sua presença faz a diferença. Aos poucos você vai inserindo o universo lúdico na rotina dela, percebendo o seu potencial e mediando novas aprendizagens e oportunizando integração com o meio.
Dicas de Brincadeiras para a criança Autista:
- Brincadeiras afetivas (olhar, sorrir, conversar, massagens, estimular o toque com ursos almofadas, lençóis e plumas).
- Brincadeiras frente ao espelho (fazer caretas, sorrir, brincar de esconder e achar, você pode oferecer a criança figuras de EVA, incentivando-a a molhar na água para colocar no espelho).
- Brincar com bolinhas de sabão;
- Brincadeiras corporais (brincar de “pegar”, fazer cócegas, abraçar e esconder )
- Brincar com música e brincadeiras cantadas (dramatizando a música com o corpo, pular, dançar e interagir).
- Brincar com massinha, argila e tinta (deixar a criança explorar para que perceba as sensações, se você perceber que ela tem uma resposta negativa, tentar inserir outras formas para que ela brinque com esses matérias, por exemplo adaptar o pincel.)
- Brincadeiras com balões ( com música encher os balões, deixar a criança explorar, jogar, iniciando consignas simples como não poder deixar cair no chão).
- Jogos (quando a criança já está inserida numa rotina você pode brincar com jogos, lembrando que sempre devemos respeitar as particularidades da criança e o nível do desenvolvimento que ela se encontra).
As brincadeiras são uma ferramenta lúdica para desenvolver o potencial cognitivo, psicomotor, social e afetivo da criança. Lembrando que sempre devemos respeitar o seu nível de desenvolvimento, promovendo uma sessão prazerosa e gradativamente oferecendo desafio para que a criança amplie o seu repertório lúdico e social.
"Se você não puder curar a criança autista, ame-a .
De todo o seu coração , com todo o seu amor e toda a sua aceitação.
Alguma tarefa importante ela está desempenhando junto de você, certamente para proveito de ambos.
Uma luz transcendental que irá iluminar uma felicidade com a qual você nem imaginou que pudesse existir : Confie, trabalhe e espere. "
(Hermínio Correa de Miranda, autor do livro "Autismo - Uma Leitura Espiritual")
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