terça-feira, 9 de setembro de 2014

Autismo e Arte como Terapia



Participei ontem de um forum online da Faculdade
e gostaria de compartilhar com vocês
a minha opinião sobra a importância da arte,
como parte da terapia...

Só lembrando que o que realizamos é Arte como Terapia, e não Arteterapia,
porque a arteterapia é utilizada por profissionais como psiquiatras e psicólogos,
com intervenções terapêuticas...



Segue meu depoimento:

Pra mim, a arte foi e continua sendo o elo entre mim e o João Vitor, pois na minha humilde concepção a arte está sempre relacionada a comunicação, a expressão...
Por conta disso, desde o diagnóstico, usei a arte...
... para fazer o João Vitor se abrir...
... para interagir com ele...
.... como forma de traze-lo a nossa realidade...
...  para faze-lo perceber o mundo que nos cerca...
... como forma de comunicação e expressão
Penso que mesmo quando a criança não se comunica, não tem linguagem, como o caso do autismo, em que a pessoa vivencia sentimentos mas não compartilha com as pessoas ao derredor, pela propria limitação imposta pela síndrome, o fato de criança autista escolher uma cor em detrimento de outra pode revelar muito sobre ela mesma para as outras pessoas... o fato dela desenhar alguma coisa, pode demonstrar a forma como ela percebe o objeto.. e isso é também uma forma de comunicação...
E não só isso: além de trabalhar a percepção visual e a construção de linguagem, a arte pode auxiliar a própria coordenação motora da criança e a questão sensorial, normalmente dois campos muito comprometidos em se tratando do transtorno do espectro autismo... Muitas das dificuldades sensoriais do João Vitor foram e ainda são trabalhadas por meio da arte com materiais como tintas, argilas, massinhas de modelar, etc .
E o que dizer do desenvolvimento da criatividade que a arte proporciona nessas crianças? Conhecer, manipular, construir, montar, desmontar, mexer, modelar podem auxiliar no desenvolvimento infantil...
Os benefícios realmente são inúmeros... Pudera todos pais e educadores terem a mesma visão que eu tenho ao usar terapias com artes aliados aos inúmeros tratamento de crianças especiais... O meu pensamento é que o João Vitor é sim portador de autismo, mas antes dele ser autista, ele é uma criança e uma criança deve explorar e conhecer o mundo que o cerca, brincando...

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